sexta-feira, 30 de julho de 2010

António José da Costa Pinto

Morgado da Vergieira, que foi instituído em 1753.
Era filho do dr. Matias da Costa Pinto, padre, natural de Presalves, Reveles, e de Isabel Milheira, de Ferreira a Nova. Casou com Rosa Maria de Matos Salazar e Vasconcelos, filha do dr. Simão Pedro, padre, e de Maria Teresa de Salazar e Vasconcelos.
“Foi um morgado de via reduzida e, para base de futuras linhagens fidalgas, excessivamente… sacrílego. Interessante progenitura o formou. Todas as pessoas que outorgaram nessa escritura (constituição de vínculo de morgado), tinham, na verdade, uma situação singular, tanto na família como na sociedade: os novos morgados devem ter sido muito tementes a Deus, pois abundantemente tinham em casa quem lhes pudesse ensinar a cartilha eclesiástica…”.
O morgado foi constituído por: “a quinta da Vergieira (que aforara em phateosim perpétuo, por um alqueire de milho. Situada em Caceira, no cruzamento do caminho que vai da Figueira para Maiorca. Devia estar em mau estado porque na escritura do aforamento só há referências a casebres em ruínas e matos, com terras de semeadura); uma casa na Figueira, na rua que mais tarde se chamou dos Ciprestes, residência do dador; um prédio de quarenta aguilhadas, no campo do Malafago, em Maiorca; e uma azenha na ribeira das Alhadas, de que lhe tinha feito mercê a Universidade de Coimbra. Isto por parte do pai da noiva, que ainda doou, em conjunto com a mãe, uma ínsua que tinham feito na Várzea e que partia com a fonte de El-Rei e com as marinhas do duque de Cadaval.
O pai do noivo doou muitas terras nos campos ao sul do Mondego, diversas quantias em dinheiro, o direito a uma acção litigiosa importante e, até, prédios em Torres Novas”.
Como era da praxe de então, ambos os dadores sujeitaram a doação a missas por alma deles e dos seus ascendentes. O casal teve um filho, Simão Pedro, que ficou na posse de todos os referidos bens, excepto do título de Morgado da Vergieira.


Caderno: Tavaredenses com História

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