sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vicente Ferreira da Silva

Natural do Porto, onde nasceu em 1879, veio muito novo para a Figueira da Foz com sua família, e acabou por morrer em Sintra, em casa de um filho seu, em Março de 1946, com 67 anos de idade.
Foi um destacado amador teatral em diversos grupos dramáticos figueirenses.
Num apontamento seu, transcrito por José Ribeiro em “50 anos ao Serviço do Povo”, escreveu: “Entrei para a Sociedade de Instrução Tavaredense em Fevereiro de 1911 e despedi-me em 24 de Maio de 1915. Em 1910 foram representadas umas comédias sob a minha direcção…” Recorda, a seguir, o nome das peças que ensaiou e nas quais também representou como amador.
“… felicitamos o sr. Vicente Ferreira pela maneira brilhante como ensaiou os simpáticos amadores, que têm dado sobejas provas de se quererem instruir e ao mesmo tempo recrear os sócios”, diz-se numa nota de 1911.
Participou, activamente, na vida associativa, que reconhecia de grande utilidade para a instrução e cultura dos seus paroquianos. Em 1914, numa assembleia geral da Sociedade de Instrução Tavaredense, foi feito “o elogio breve, mas significativo, de Vicente Ferreira, agradecendo-lhe ao mesmo tempo todas as atenções e os seus sacrifícios em favor da Sociedade, dizendo que só um homem da sua tempera, com uma vontade igual à sua, seria capaz de tantas canseiras em prol de uma terra que lhe era desconhecida. Tanta noite perdida, indo longe da sua casa, muitas vezes debaixo de chuva, levar aos outros o produto do seu recurso intelectual, só da sua candura de alma se poderia obter”.
Em 1916 passou a colaborar com o Grupo Musical e de Instrução dirigindo a sua secção dramática. Além de diversas comédias e operetas, ensaiou o drama Erro Judicial, um dos grandes êxitos daquele Grupo. A última peça por si ensaiada com estes amadores, foi a opereta de António Amargo, Ninotte, em 1925.
Aquando do seu falecimento, encontrámos o seguinte apontamento: “Residente na Figueira há muitos anos, conquistando aqui amigos e consideração pelas suas qualidades de carácter e pela forma atenciosa como tratava. Cidadão trabalhador e honesto, foi também um apreciado amador dramático. Ultimamente dedicava-se a cobranças e era fiscal dos empregados no Teatro do Parque-Cine”.
Era sócio honorário da Sociedade de Instrução Tavaredense.


Caderno: Tavaredenses com História

1 comentário:

  1. Boa noite:
    O Vicente que refere neste é o mesmo que refere no post Sociedade de Instrução Tavaredense - 3? Este último é meu tio-bisavô e gostaria de saber onde teve acesso a essa informação uma vezz que estou a efectuar a minha arvore de familia.
    Desde ja o meu muito obrigado
    C Ferreira

    ResponderEliminar