quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

José da Silva Cordeiro


Nasceu em Tavarede, a 2 de Janeiro de 1897, filho de Mateus Cordeiro e de Joaquina Mendes Silva. Casou com Rosa Rodrigues Cordeiro (falecida em Maio de 1977, com 83 anos), e tiveram três filhos: José, Emília e Raul. Morreu em 13 de Dezembro de 1969, com 72 anos de idade.


“José Cordeiro, pelas suas qualidades de carácter e dedicação pela sua terra, dando sempre o seu desinteressado concurso a todas as iniciativas que têm por fim elevar o nível moral dos tavaredenses, como exuberantemente o tem demonstrado na Sociedade de Instrução Tavaredense, e sua esposa, que é filha do falecido e estimado comerciante desta localidade, Francisco Cordeiro, gozam entre nós da melhor simpatia, motivo porque lhe auguramos um futuro feliz, de que são dignos”.


Foi membro da Comissão Paroquial da Freguesia e regedor, nomeado em 1921.


Tipógrafo de profissão, trabalhou na Tipografia Popular, de “A Voz da Justiça”, até ao seu encerramento em 1938, passando depois por diversas outras tipografias, acabando na Escola Gráfica Figueirense. Foi correspondente do jornal “A Voz da Justiça”, onde travou acesas polémicas, especialmente sobre a vida associativa local, e também de “O Figueirense”.


Devotado sócio e dirigente da Sociedade de Instrução, desempenhou, além de funções directivas, as mais diversas tarefas para que era solicitado. Uma dessas funções era a de porteiro, em dias de espectáculo. Passou-se com ele o seguinte caso:


Antigamente eram muitos os sócios que tinham o chamado “lugar cativo”. O teatro era o único divertimento que a maioria dos tavaredenses tinham e, então, só em casos de força maior é que deixavam de assistir aos teatros da sua colectividade. Isto fosse a peça representada uma ou 10 vezes, pois tinham sempre reservado o seu lugar. Uma noite, prestes o início do espectáculo, chega à porta da entrada sua esposa, a Tia Rosa, que, não encontrando o bilhete da algibeira, se recorda que o havia deixado em casa, por esquecimento. Pois, apesar de ter sido ele quem levara o bilhete e saber que o lugar era cativo, não deixou entrar sua mulher, obrigando-a a voltar a casa buscar o necessário bilhete.


Excesso de zelo? Talvez não. Era, isso sim, a necessidade do cumprimento do seu dever, aliás, o que sempre norteou a sua vida.


Caderno: Tavaredenses com História

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