sexta-feira, 25 de março de 2011

JOSÉ JOAQUIM BORGES

Nasceu na Figueira a 6 de Junho de 1814 e morreu no dia 2 de Junho de 1891.

Filho de Jacinto Pereira Borges, fez os seus estudos no Seminário de Coimbra, não chegando a ordenar-se padre, embora tenha recebido ordens menores e, por diversas vezes, fez pregações no púlpito da Igreja de S. Julião, da Figueira, quando se comemoravam acontecimentos políticos importantes com cerimónias religiosas.

Matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1838, formando-se no ano de 1843. Exerceu advocacia na Figueira da Foz durante cerca de 48 anos.

Dotado de um vigoroso espírito combativo, entrou para a Associação Comercial, levando à saída da mesma os Silva Soares, fundadores daquela instituição.

Foi colocado, durante o período “cabralista”, à frente da Câmara Municipal em 1847, e, como presidente da comissão administrativa, manteve-se no posto até 1851. Voltou à presidência da Câmara nos anos 1858/1859, 1860/1861, 1868/1869 e 1870/1871. Também foi, por mais de uma vez, procurador à Junta Distrital. Era Cavaleiro da Ordem de Cristo.

Em 1871 publicou um folheto, com 36 páginas, a que deu o título de “Exposição Política a Sua Majestade El-Rei, por José Joaquim Borges, bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, Advogado, Cavaleiro da Ordem de Cristo e actual presidente da Câmara Municipal da Vila da Figueira”.

Nesta publicação apresentava soluções para os grandes problemas nacionais, versando matérias como administração, instrução, agricultura, obras públicas, marinha mercante, administração colonial, Tribunal de Contas, etc., num total de 20 temas. O escrito foi bastante ridicularizado pelos seus opositores, especialmente os locais.

Era proprietário da quinta mais tarde designada por “Vila Robim”, que, por sua morte, foi herdada por seu sobrinho João António da Luz Robim Borges, que a transformou numa quinta modelar.

Caderno: Tavaredenses com História

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