sexta-feira, 18 de março de 2011

Sociedade de Instrução Tavaredense - 92


No dia 5 de Janeiro de 2005 iniciou-se o programa de encerramento das comemorações do centenário. E, nesse dia, o espectáculo foi memorável. Com a colaboração da Delegação em Coimbra do Inatel, foi possível apresentar a orquestra russa ‘Silver Strings’.

‘Orquestra Silver Strings’

Aspecto da assistência (plateia)
E a 9 de Janeiro de 2005 foi levado a efeito o ‘Almoço de Gala’, com animação musical e a participação do ‘Grupo de Cordas e Cantares de Coimbra’. Tal como aquando do ‘Jantar da abertura’, também este almoço decorreu com a maior alegria. A lotação esgotou-se e igualmente estiveram presentes diversas entidades oficiais.

O leque de Lady Windermere

Na semana seguinte dar-se-ia início ao encerramento oficial das comemorações e festejado o centésimo primeiro aniversário. Para o espectáculo de gala, o nosso grupo cénico apresentou a peça ‘O Leque de Lady Windermere’, de Oscar Wilde. Com esta peça o nosso grupo deu várias representações uma das quais no Grande Auditório do Centro, num espectáculo oferecido pela SIT ao Povo da Figueira da Foz.

A Drª. Maria Rosário Águas proferindo o seu discurso

No domingo seguinte, 16 de Janeiro, teve lugar a tradicional sessão solene. A presidir, a Sociedade de Instrução Tavaredense teve a honra de ter presente a Doutora Maria do Rosário Águas, ao tempo Secretária de Estado da Administração Interna. Como havia sido seu avô, o saudoso Anselmo Cardoso Júnior, o autor da música daquela que é considerada como o ‘hino’ do nosso grupo cénico, a ‘Canção do Limonete’, a Filarmónica da Lares, que amavelmente colaborou neste acto solene, tocou aquele número, que foi cantado por toda a assistência presente. Antes da sessão actuou o Coro de Câmara do Orfeão de Valadares.

E foi desta forma entusiástica e entusiasmante que foram encerradas as comemorações do primeiro centenário da Sociedade de Instrução Tavaredense. Outro se iniciou. Já cá não estaremos para assistir, mas, temos a plena convicção, que a nossa Colectividade, apesar das diversas adversidades com que terá de lutar, infelizmente como todas as colectividades de cultura e recreio, continuará a honrar e dignificar o nome da nossa terra natal – TAVAREDE.

Vamos terminar estas recordações sobre a SIT. Não o faremos, no entanto, sem aqui deixar uma palavra de louvor e de ânimo a todos os componentes do actual grupo cénico e do grupo Cantigas de Tavarede, cuja estreia teve lugar a anteceder a sessão solene do 103º. aniversário, em Janeiro de 2007.

“Por ocasião das comemorações do centenário, realizámos um sarau evocativo das primeiras revistas-fantasias escritas e musicadas propositadamente para o nosso grupo cénico. Recuámos até aos anos de 1925/1927, contámos algumas histórias (enredo) e ouvimos algumas das suas canções, que notícias da época referiam como lindíssimas. E, na verdade, todos quantos as escutaram agora, ficaram encantados com elas. Foi só uma pequenina amostra. Não houve possibilidade para continuar, como pretendíamos, por impossibilidade de gravação de outros números musicais.

Desde 5 de Fevereiro de 1905, dia em que se apresentou a primeira opereta, Casamento da Grã-Duquesa, até aos nossos dias, muitas foram as operetas e revistas que o grupo cénico representou e cujas músicas (partituras e partes) se encontram “armazenadas” numa estante da nossa biblioteca. E, ainda antes da fundação da SIT, já aqui se representaram operetas, cujas músicas talvez ainda existam naquele arquivo.

Uma das nossas intenções, e sempre em colaboração com o grupo cénico, era fazer uma recolha gravada das músicas existentes e, se possível, criar um agrupamento coral que, em saraus evocativos, e não só, apresentasse algumas daquelas cantigas. Mas, para tal, tornava-se imprescindível a colaboração de uma pessoa com cultura musical, que se encarregasse de tal tarefa. Julgamos ter agora a possibilidade de concretizar este projecto. Um credenciado Maestro, nosso conterrâneo, e que já connosco tem colaborado há vários anos na composição e gravações utilizadas em diversas peças levadas à cena, admite colaborar connosco, iniciando algumas gravações e ensaiando o referido agrupamento coral. Mas, para concretizar esta iniciativa, temos de ponderar cuidadamente os seus custos. É verdade que, em nossa opinião, este projecto é muito importante para a conservação do passado da colectividade, mas, os nossos cofres, estão praticamente vazios e, embora os trabalhos que acima referimos sejam feitos pelos directores e alguns amigos, nas suas horas de ócio, há custos que não podem ser ignorados”.

E o sonho tornou-se realidade. Todos os esforços feitos foram positivos e é bem certo que tudo vale a pena fazer em prol do Associativismo e das nossas Colectividades. Nós somos dos que acreditamos na sua utilidade, agora como há cem ou duzentos anos. Outros objectivos, é certo, mas sempre necessárias para o desenvolvimento cultural e social de todos. E a nós, sobretudo, não falta a esperança no seu futuro.

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