sábado, 23 de abril de 2011

Rui Fernandes Martins

Nasceu em Souto, Penedono, no dia 13 de Novembro de 1903, e morreu, na Figueira da Foz, em 5 de Junho de 1974.


“… destacada figura do professorado primário e jornalista vigoroso, sempre fiel ao ideário político a que, muito jovem ainda, se dedicou.


Com 17 anos de idade, obteve o diploma de professor da Escola Normal de Coimbra, com a mais alta classificação do seu curso. Começou por exercer a sua profissão nas regiões de Mortágua, Santa Comba Dão e Arganil, de onde veio, há mais de 40 anos, para a freguesia de Brenha. Depois de passar, também, pela Escola Primária de Tavarede, fixou-se definitivamente na Escola Conde de Ferreira, onde leccionou durante mais de 30 anos.


Paralelamente com a sua actividade de professor, foi elemento preponderante da União dos Professores Primários, revelando-se nos respectivos congressos como um orador entusiasta e intemerato defensor dos mais avançados métodos de ensino, incluindo a escola mista, quase um sacrilégio para a época.


Colaborou em dezenas de jornais portugueses e brasileiros. Deixou publicados: “O esforço português nos descobrimentos, nas conquistas e na colonização”; “Gomes Leal – Breve evocação da sua obra”; “Exortação à mocidade”; “António Aleixo e Calafate – dois poetas do povo”; “A liberdade e os humildes na obra de Eça de Queirós”.


Foi elemento relevante no movimento associativo do concelho, aceitou, por exclusiva intervenção dos seus antigos alunos, a “Ordem de Instrução Pública”, tendo sido também distinguido com a “medalha de Ouro”, de mérito, da Federação das Colectividades de Instrução e Recreio”.


Foi casado com Margarida Gil de Castro, tendo dois filhos, Rui Manuel e José Alberto.


Dedicado de alma e coração ao movimento associativo local foi, durante largos anos, presidente da Assembleia Geral da Sociedade Boa União Alhadense, da Sociedade de Instrução Tavaredense, do Sporting Clube Figueirense e da Troupe Recreativa Brenhense e presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.


Na colectividade tavaredense desempenhou sempre uma actividade muito importante, nomeadamente para as obras de reconstrução e remodelação do edifício da sede, inauguradas em 1965, de que foi um dos mais entusiastas elementos.


Caderno: Tavaredenses com história

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